segunda-feira, 25 de maio de 2009

Signos de uma história de amor



[Eu] ?


[Tu] !


[Eu] ??


[Tu] !!


[Eu] ...


[Tu] ?


[Eu] ...


[Tu] ??


[Eu] ...


[Tu] ???

[Eu] .


[Tu] . ?


[Eu] . !


[Tu] : (


[Eu] : (


[ela] : )


[ela] : *


[eu] :*


[Tu] : (


[Tu] ...


[Tu] ...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A porta e as pedras


A porta ainda está aberta para você, amor. Mas entre com cautela. Levantei um muro de pedras atrás da fechadura. A única atividade que encontrei na tua ausência: juntar os escombros do que passamos e projetar uma nova obra. Fria, Grosseira, Estática.

Fiquei aqui sozinho. Num espaço que eu mesmo cerrei. Não tenho sol, mal tenho ar e a comida acabou. Estou condenado a apodrecer no claustro que construí. Ficou tudo escuro. Quatro paredes e eu. Frios, rígidos, inertes, mofados.

Prisioneiro da tua indiferença, suicida por necessidade. Logo a ferida seca e se inflama. Assim, tudo isso acaba e eu não fico mais só. Mas a porta ainda está aberta, amor. Se quiseres, traga uma picareta e destrua a fortaleza que tu mesmo arquitetaste. Corte-se, sangre, machuque-se. Tu sempre fizeste questão de dizer que em nosso amor nada seria fácil. A escolha é tua. Acomode-se e durma em sua colcha de cetim enquanto eu definho neste mausoléu ou resgate-me. Seu tempo - meu tempo - está se esgotando.