quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sessenta




Logo começa o horário de verão pra gente se lembrar do valor de uma hora de sol. 

Em poucos dias, ele estará aqui pra confundir os bitolados com a pontualidade. Atraso de vida – dirão os mais conservadores. Tolos! Abobados dos ponteiros. Despertem-se! Antes tarde do que nunca.

Chega junto, horário de verão. Traz também pores do sol coloridos, caminhadas no fim de tarde e aquela sensação de que existe vida após o expediente. 

Ei. Vamos lá! Abram suas janelas, meninos e meninas. Respirem a maresia e o cheiro de mato. Botem-se pra fora. Desnudem-se. A brisa quer fazer chamego. Mas ela é educada. Só entra se a gente abrir porta.

Logo, as ruas vão ganhar novos visitantes, muitos motivados pelos sessenta minutos a mais de claridade. Três mil e seiscentos suspiros renovados. Milhões de sorrisos. De pessoas que contaram os minutos para ganhar mais uma hora útil.

Vem, horário de verão, a gente não vê a hora de você chegar. Pra se perder no tempo. E nas coisas boas da vida.