O que falta na minha vida, definitivamente, é foco. Na sexta passada,  fui para o meu apartamento, ao meio-dia, para resgatar o cartão de  crédito que havia deixado em casa. Entrando lá, imediatamente eu o  localizei e o guardei na carteira. Aí  resolvi tomar um banho. Nesta altura do campeonato não havia motivo  para usar a mesma roupa. Então a troquei. No quarto, a cama me seduziu  para uma amostra grátis de siesta. E não poupou argumentos: lençóis  macios, travesseiros afofados, cheirinho de lavanda. Foi impossível não  dizer: “sim, sua linda, eu também te quero”, jogando-me no seu  emaranhado de 200 fios suavemente trançados. Ah, o sono, o breve sono!  Fecho os olhos e esqueço-me do tempo. O suficiente para me atrasar. E  sair correndo feito louco pela rodovia. Sem o cartão de crédito, a  carteira e o celular. Mas por que eu tava falando disso mesmo?
quinta-feira, 12 de abril de 2012
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