sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sobre nós e nós mesmos




As mídias sociais, na medida em que contribuem para manchar a imagem de certos perfis, constroem conceitos bem interessantes sobre as pessoas. Graças ao Facebook descobri habilidades artísticas de amigos e testemunhei íntimos momentos de felicidade, como batizados, casamentos, aniversários, preparação de bolos, macarronadas, beijos e abraços. Como se eu estivesse lá abençoando, ou curtindo, a alegria de quem me faz bem.

De certa forma, a tecnologia aproximou as pessoas. Claro que sempre vamos ouvir aquela corrente de mal amados dizendo que as mídias sociais substituem o contato físico. Já percebeu que estas pessoas são as mesmas que furam os encontros alegando falta de tempo ou disposição?

O que mais curto no Facebook é a “atualização” que ele nos permite. Hoje, aquele diálogo frio entre parentes distantes já pode ser quebrado de imediato. “Assisti ao vídeo do teu filho. Que menino lindo”, “Parabéns pela tua formatura. Ótimas fotos”, “Você sabe que eu também amo/odeio o BBB?”: são apenas alguns exemplos de abordagem.

Entre todos os benefícios das redes sociais, para mim, o mais contundente é a afirmação da identidade das pessoas. Por mais que haja muita pagação de pau, ou seja, neguinho se passando por rico, arrotando champanhe num camarote emprestado, vejo muitas facetas que tornam alguns perfis muito mais interessantes. Muitos deles revelam uma identidade que em nada se parecia com a que eu tinha na cabeça, fruto do senso comum e do preconceito. A menina “fútil” do cabelo azul, na verdade, é uma baita estilista, um poço de criatividade. O “bombado vazio” da academia trabalha pra uma ONG de adoção de animais. Entendem onde quero chegar?

Compartilhar a felicidade contagia. E as mídias sociais estão aí para isso. Obrigado por dedicar este tempo à leitura deste post. Esta aproximação me faz muito bem.

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