O Facebook é uma espécie
de terapia assistida. Um divã-espetáculo em que exploramos os nossos problemas
para um público ávido por julgamento. São dezenas, centenas, milhares de
médicos – e loucos – absorvendo problemas alheios na tentativa de entender as
suas próprias incompletudes. Na rede, somos todos amigos, todos conselheiros.
Compartilhamos e abraçamos causas sociais. Manifestações que se resumem a um clique. Dividimos a
dor de um término de namoro com quem nos ama, com quem nos odeia e também com
quem não dá a mínima para a nossa vida. Aqui, somos todos perfis ávidos por um
punhado de atenção. Avatares carentes que precisam ser curtidos. Muito mais do
que ser cutucados, queremos abraços. Mas essa função ainda não está disponível
on-line. Por enquanto.
quinta-feira, 21 de março de 2013
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